quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Pobre Fernando Pessoa... haha

Tecendo a Leitura


Tecendo a leitura.

In: LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. 6. ed. São Paulo: Ática, 2000, p. 104-109;
- Refletindo sobre a prática da aula de português. In: ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003, p. 19-37.

  • Leitura é uma teia, um texto influencia no outro, porém a maioria das pessoas não nota isso.
  • Quando um professor se sente ameaçado ele se apega aquilo que ele conhece, e é aí que ele se torna obsoleto.
  • Um leitor maduro procura intertextualizar suas leituras, criar relações entre elas.
  • Leitura crítica não é aceitar tudo, deve-se ter propriedade do conhecimento.
  • Professor precisa gostar de ler, além de gostar, deve ler muito e se desenvolver com aquilo que lê.
  • Professor deve ser independente do livro didático, ele deve ir além deste. Deve ter autonomia.

Estratégias Cognitivas e Metacognitivas na aquisição de leitura

Estratégias Cognitivas e Metacognitivas na aquisição de leitura

In: KATO, Mary A. O aprendizado da leitura. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007, p. 123-138.

  • Definição: COGNITIVO: referente a conhecimento; intelectivo = intelecto, entendimento. Saber adquirido. METACOGNITIVO: quando o estudo, conhecimento é especificado, aprofundando o estudo em algo. Define conceitos.
  • Há duas fases do desenvolvimento do conhecimento; uma fase de desenvolvimento automático e inconsciente e uma em que se observa um aumento gradual ao controle ativo desse conhecimento.
  • Cognitivo, pode-se dizer que é o que fazemos “automaticamente” metacognitivo seria a “desautomatização”
  • Quando em uma fala ou tradução, por exemplo, o locutor pronuncia algo errado e no instante em que percebe isso e ele mesmo corrige-se, podemos dizer que é uma estratégia cognitiva.
  • Estratégia cognitiva faz a correspondência entre a ordem linear do texto e a ordem temporal dos eventos.
  • Existe dentro das estratégias cognitivas o chamado Princípio da coerência, que tem três níveis: 1º: tem a ver com o objetivo do autor de efetuar com o texto alguma mudança no mundo. 2º tem a ver com o que o autor objetiva fazer em algum lugar do texto. 3º tem a ver com o uso recorrente de uma mesma fatia de informações no texto.
  • Criança lê o texto sem objetivo prévio atendendo apenas as questões que a escola impõe.
  • Papel da escola é oferecer condições para o desenvolvimento de ambas estratégias do conhecimento: cognitivas e metacognitivas
  • Uma boa estratégia para desenvolver a metacognição na criança, é mesclar atividade oral com a atividade escrita, pois a criança tem maior domínio da atividade oral do que a da escrita.

Pra que literatura?



(Hiper)mediação leitora: do blog ao livro.

(Hiper)mediação leitora: do blog ao livro (RETTENMAIER, Miguel). In: SANTOS, Fabiano dos; MARQUES NETO, José Castilho; RÖSING, Tânia M. K. (orgs.). Mediação de leitura: discussões e alternativas para a formação de leitores. 1. ed. São Paulo: Global, 2009, p. 71-94.

·         Blog: ferramenta moderna e inovadora, dispositivo acessível independente da classe social.
·         O blog é um meio, um canal, que trata de vários assuntos.
·         Blog é um gênero que tem comunicação, interação, linguagens específicas, trabalha gêneros tem uma estrutura
·         O blog é um exemplo de hipertexto.
·         Interage com o outro e com ele mesmo
·         Como mediara leitura através do blog? Deve ter dialogo, e possuir manifesto pessoal
·         Hipertextualidade digital e hipertexto
·         O professor deve usar o blog para aproximar os alunos da escola, despertar a curiosidade e fazendo do blog assim, uma nova forma de ensino.
·         A mediação de leitura deve se encontra dentro do individuo e deve ser continuada dentro dele, porem as formas para compreender as coisas estão fora desse mesmo individuo
·         A metacognição nos suportes eletrônicos é mais natural (estratificação).
·         Hiperleitor é aquele que não para de pesquisar a fim de se atualizar. Interage com a diversidade de possibilidades e seleciona as que julga melhores.
·         A coerência no hipertexto é vista como perspectiva, interativa e não textual.
·         Para a língua o texto é multinível, multilinear.
·         Há dois tipos de hipertexto: exploratório – preservar o conteúdo.  E o construtivo: ameaça a coerência, o leitor constrói a linearidade.
·         Interatividade: características básicas da língua que Bakhtin traduz como dialogidade.
·         Texto impresso – não linear, o autor tem a opção de ler um capitulo do livro e após ir para o último capitulo.
·         Do ponto de vista da coerência, o hipertexto oferece um desafio ao leitor.
·         Coerência: O texto precisa ter sentido, ser um todo organizado, não apenas um amontoado de frases. Tem que ter temática.
·         Todas as relações do hipertexto devem ser coerentes, ela trata de informações dadas, informações novas.
·         Informatividade: relação entre a coerência da informação dada e da informação nova.

Itaú Criança - Historinha


Ler para uma criança, pode mudar sua história!
Pense nisso ;)

Novas formas de leitura e escrita



Descobrindo novas formas de leitura e escrita

(FREITAS, Maria Teresa de Assunção). In: ROJO, Roxane (org.). A prática de linguagem em sala de aula: praticando os PCN’s. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2000, p. 41-66.

·         Ensino Aprendizagem e leitura:
·         Conteúdos mal trabalhados em sala de aula, utilizando cópia e memorização faz com que o aluno esqueça o conteúdo.
·         Professor não tem autonomia, quem dá aula é o livro.
·         Descobrindo Formas de leitura e escrita:
·         O livro está cada vez mais saindo do formato impresso para ser lido através de meios eletrônicos.
·         Atualmente as informações chegam de vários lugares, e com uma velocidade avançada.
·         Os jogos de RPG, os quais surgiram aproximadamente em 1970, são uma boa opção para estimular a imaginação, o raciocínio lógico e a aprendizagem da língua inglesa.
·         A forma de escrita utilizada na internet é reduzida, devido a informação ter que ser repassada rapidamente.
·         O gosto é a memória: Gostando muito de um livro, a pessoa irá sempre procurar algum parecido.

Isto não é alimento para as traças!

Livros, livros, livros.




Livros - Caetano Veloso

Tropeçavas nos astros desastrada
Quase não tínhamos livros em casa
E a cidade não tinha livraria
Mas os livros que em nossa vida entraram
São como a radiação de um corpo negro
Apontando pra a expansão do Universo
Porque a frase, o conceito, o enredo, o verso
(E, sem dúvida, sobretudo o verso)
É o que pode lançar mundos no mundo.
Tropeçavas nos astros desastrada
Sem saber que a ventura e a desventura
Dessa estrada que vai do nada ao nada
São livros e o luar contra a cultura.

Os livros são objetos transcendentes
Mas podemos amá-los do amor táctil
Que votamos aos maços de cigarro
Domá-los, cultivá-los em aquários,
Em estantes, gaiolas, em fogueiras
Ou lançá-los pra fora das janelas
(Talvez isso nos livre de lançarmo-nos)
Ou ­ o que é muito pior ­ por odiarmo-los
Podemos simplesmente escrever um:

Encher de vãs palavras muitas páginas
E de mais confusão as prateleiras.
Tropeçavas nos astros desastrada
Mas pra mim foste a estrela entre as estrelas

Caminhos para a formação do leitor.


Uma leitura da leitura crítica. Ensino-aprendizagem e leitura. Caminhos para a formação do leitor.

In: SILVA, Ezequiel Theodoro da. São Paulo: Global, 2009, p. 23-38.
Ensino-aprendizagem e leitura: desafios ao trabalho docente (SILVA, Ezequiel Theodoro). In: SOUZA, Renata Junqueira (Org.). Caminhos para a formação do leitor. 1.ed. São Paulo: DCL, 2004, p. 26-35.

·         Pseudo leitor: é aquele que recomenda livros sem de fato os ter lido.
·         Não dá exemplo para o filho. Caso a criança não veja seus pais lendo, não terá referencia alguma e assim não desenvolverá o hábito e gosto pela leitura.
·         O verdadeiro leitor consegue distinguir diferentes textos.
·         As camadas mais altas da sociedade não têm o hábito de ler. Quem não tem o hábito de ler, logo não saberá fazer uma leitura crítica das coisas, do mundo como um todo.
·         Leitura imposta funciona?
·         Literatura deve ser apresentada aos poucos para as crianças
·         Desenvolver leitores que tenham ponto de vista próprio, assim eles se transformaram em cidadãos conscientes.
·         A formação de leitores é um grande desafio, porém torna a pessoa mais humana.

O leitor e o texto



Contexto e compreensão: o leitor e o texto.

FIORIN, José Luiz. In: MEURER, José Luiz; MOTTA-ROTH, Désirée. Parâmetros de textualização. Santa Maria, RS: Ed. da UFSM, 1997, p. 29-38.
Considerações sobre a noção de texto. In: FIORIN, José Luiz; PLATÃO, Francisco Savioli. Lições de texto: leitura e redação. 4. ed. São Paulo: Ática, 2001, p. 13-24.


·         A linguística do discurso ou do texto não pode ignorar o contexto em que o objeto se insere
·         A diferença entre nós é que forma o contexto, esse por sua vez é gerativo de sentido.
·         Compreender e aprender as significações do texto, o que implica em contextualiza-lo.
·         É necessário a analise do texto para descobrir o que o autor quer dizer.
·         Considerações sobre nocão de texto:
·         As frases ganham sentido, por serem correlacionadas umas às outras.
·         O sentido de uma frase depende da outra.
·         O sentido do todo não é a soma das partes, mas é dado pelas múltiplas relações que se estabelecem entre elas.
·         O texto é na verdade, um todo organizado.
·         Propriedades de um texto:
·         Ter coerência de sentido: frases relacionadas entre si.
·         Harmonia em que não pode ter nada ilógico, contraditório, desconexo.
·         Deve ter uma continuidade de sentido.
·         Contexto: Unidade maior em que uma unidade menor está inserida: Frase para a palavra; o texto para a frase.
·         Texto é produzido em determinado tempo e espaço (grupo social dentro da história).
·         Algumas ideias em certas épocas exercem domínio sobre outras, ganhando assim o estatuto de concepção quase geral na sociedade (criam-se costumes, ideias, etc...)

Ler é alimento para quem escreve...



"(...) Se não gostar de ler, como vai gostar de escrever? Ou escreva então para destruir o texto, mas alimente-se. Fartamente. Depois vomite. Pra mim, e isso pode ser muito pessoal, escrever é enfiar um dedo na garganta. Depois, claro, você peneira essa gosma, amolda-a, transforma. Pode sair até uma flor. Mas o momento decisivo é o dedo na garganta (...) Escrever - e você sabe disso - pode eliminar essa sensação de gratuidade no existir, de coisas o tempo todo fugindo e se transformando em passado. Eu acho então que se escrever te dá um sentido para estar viva (ou a ilusão de um sentido, que importa?), então vai e escreve e diz tudo e rasga o coração, as vísceras, expõe tudo, grita, esperneia - no papel. Isso é escrever. Tira sangue com as unhas. E não importa a forma, não importa a "função social", nem nada, não importa que, a princípio, seja apenas uma espécie de auto-exorcismo. Mas tem que sangrar a-bun-dan-te-men-te. Você não está com medo dessa entrega? Porque dói, dói, dói. É de uma solidão assustadora." 
Caio Fernando Abreu

Vinho, virtude ou poesia!



"É preciso estar sempre embriagado. Eis aí tudo: é a única questão. Para não sentirdes o horrível fardo do Tempo que rompe os vossos ombros e vos inclina para o chão, é preciso embriagar-vos sem trégua.
Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude, à vossa maneira. Mas embriagai-vos.
E se, alguma vez, nos degraus de um palácio, sobre a grama verde de um precipício, na solidão morna do vosso quarto, vós acordardes, a embriaguez já diminuída ou desaparecida, perguntai ao vento, à onda, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que foge, a tudo que geme, a tudo que anda, a tudo que canta, a tudo que fala, perguntai que horas são; e o vento, a onda, a estrela, o pássaro, o relógio, responder-vos-ão: 'É hora de embriagar-vos! Para não serdes os escravos martirizados do Tempo, embriagai-vos: embriagai-vos sem cessar!
De vinho, de poesia ou de virtude, à vossa maneira'."

Charles Baudelaire

Não sejamos escravos do tempo, que possamos sempre nos manter embriagados. vinho, virtude ou POESIA!

Leitores, não levem em conta número de páginas ou quantidade de letras contidos em um livro.



Assumindo a dimensão internacional da linguagem: explorando a leitura

Assumindo a dimensão interacional da linguagem: explorando a leitura. In: Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003, p. 66-85.
O que fazemos quando lemos? In: KATO, Mary A . No mundo da escrita: uma perspectiva psicolinguística. 7. ed. São Paulo: Ática, 2010, p. 59-77.

·         Precisamos deixar marcas no texto.
·         Não é preciso deixar tudo explicito, caso contrário o texto torna-se maçante ao leitor.
·         Para trabalharmos em sala de aula precisamos utilizar textos verdadeiros, que estejam inseridos na realidade, e nesse texto deve conter título, nome do autor.
·         O texto escolhido para ser trabalhado em sala de aula deve ter sido retirado de algum meio de comunicação como: jornais, revistas, livros. Fontes verdadeiras e seguras.
·         O professor deve pensar e escolher textos curtos. Escolher o texto mais adequado para cada série.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011